O
médico que tinha letra bonita
De Pedro Brício
Direção Guta
Stresser
Respeito à
individualidade inspira musical infantojuvenil que une Guta Stresser
e Vinícius Moreno, mãe e filho do seriado “A Grande Família”
Todo mundo já foi alvo
da chacota de colegas de classe ou mesmo dos amigos de infância. O
que hoje é conhecido como bullying é um dos muitos temas tratados
em O médico que tinha letra bonita, musical
infato-juvenil dirigido por Guta Stresser e no qual ela
contracena com Vinicius Moreno (o Florianinho, seu filho no
seriado “A grande família”), com Érica Migon e com Nervoso
(nome artístico do músico André Paixão, marido de Guta),
idealizador e diretor musical da montagem. Com dramaturgia assinada
por Pedro Brício (Prêmio APCA pelo infantil “O menino que
vendia palavras”), o espetáculo, patrocinado por Furnas
Cultural, fará uma nova temporada, nos dias 12, 13,
14 e 19 de novembro, na Sede da Cias, na Lapa.
No palco, uma banda cujos integrantes dão voz a outros personagens
da trama.
Vinícius faz aos 14 anos
sua estreia nos palcos na pele de Tom, menino cujo
comportamento apresenta mudanças. Ter abandonado a escolinha de
futebol ou descuidado do bom desempenho escolar são alguns deles. O
mais evidente (e estranho) dos sintomas é o fato de que seus pés
movem-se como se quisessem extravasar algo. É levado então ao
médico pela mãe (Érica Migon), que deseja saber se o menino é
alvo “dessas perseguições que acontecem nas escolas”. Durante a
anamnese, Tom nota naquele médico uma característica raríssima:
ter a letra bonita. O doutor lhe revela o fato de sua letra bonita
ter feito dele alvo de provocações na infância. “Não é fácil
ser diferente”, atesta antes de recomendar a Tom que encontre uma
forma de extravasar seu talento (no caso a dança). “Descubra sua
caligrafia”, aconselha.
A ideia da peça surgiu
na cabeça de Nervoso após justamente uma visita ao oculista.
Preenchida a receita, desabafou a respeito de os médicos não terem
letra bonita. “Alguém tem de levar isso para o palco. E não serei
eu”, devolveu-lhe o especialista. Foi a deixa para que temas como
ser diferente, a descoberta de uma vocação ou a formação social
de um indivíduo povoassem a cabeça do músico, que criou as
primeiras canções daquilo que não sabia ainda se seria um show,
uma peça ou as duas coisas. A primeira leva de canções foi
testada, em 2011, justamente num show beneficiado por edital de um
banco privado. Sem o mote lhe dar trégua, Nervoso compôs nova
safra, levada à Sala Funarte de São Paulo, no ano seguinte.
E o fato de as canções
terem surgido antes do texto diz muito sobre a concepção cênica.
Não à toa que Guta e Nervoso referem-se à montagem como uma
peça-show ou vice-versa. “Não se trata de um musical
convencional, com maestro e orquestra no fosso, essas coisas. Quero a
integração entre músicos e atores. Tanto que os músicos também
são personagens. A ideia inicial é que todos usem um figurino-base
sobre o qual serão adicionados acessórios, dependendo do personagem
que interpretam”, explica Guta em sua terceira direção teatral e
a primeira à frente de um musical.
O novo desafio pode até
provocar nela aquele friozinho na barriga. Guta não teme buscar,
como o pequeno Tom, uma (nova) caligrafia. Falando no menino, ele
volta, tempos depois, ao médico. Quer mostrar ao amigo a música
inscrita por ele no festival que o colégio prepara para o Dia dos
Pais. E vai além: como seu pai viaja muito a trabalho, sugere que o
amigo o substitua na homenagem. E como o médico sai dessa? Só indo à Sede das Cias para saber.
Ficha técnica
Texto:
Pedro Brício
Direção
geral: Guta Stresser
Idealização
e direção musical: André Paixão (Nervoso)
Elenco:
Guta Stresser, André Paixão (Nervoso), Erica Migon e Vinícius
Moreno
Elenco
musical: Maurício Calmon (bateria, teclado e vocal), André
Paixão (guitarra e vocal), Joana Cid (baixo e vocal), Jayme Monsanto
(teclado, sonoplastia e vocal) e Leonardo Vieira (guitarra e vocal)
Cenografia:
Nello Marrese
Figurino:
Antônio Guedes
Iluminação:
Daniela Sanchez
Direção
de Produção: Tárik Puggina
Realização:
Guta Stresser Produções Artísticas e Nevaxca Produções
SERVIÇO
12
de novembro (terça-feira), às 15h
13
de novembro (quarta-feira), às 10h30
14
de novembro (quinta-feira), às 10h30
19
de novembro (terça-feira), às 15h
Local: Sede das Cias
(Rua Manuel Carneiro, 12 – Escadaria Selarón / Lapa)
Telefone: (21) 2137-1271
Ingressos: R$20,00
Bilheteria: 1h
antes do espetáculo
Duração: 60
minutos
Capacidade: 60
lugares
Classificação: Livre
(espetáculo recomendado para
crianças a partir dos 8 anos).
fonte: assessoria de imprensa
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