segunda-feira, 18 de novembro de 2013

"CINE HOLLIÚDY" EXPRESSA AMOR AO CINEMA, DO CEARÁ PARA O MUNDO

Quando li na peça de divulgação do filme "Cine Holliúdy" que se tratava de um "arretado Cinema Paradiso brasileiro" (alusão ao ótimo filme italiano dirigido por Giuseppe Tornatori, com trilha de Ennio Morricone, de 1998), pensei tratar-se de exagero.  Mas não.

Guardadas as devidas proporções, "Cine Holliúdy" justifica a bilheteria de quase 500 mil espectadores só no nordeste.  O filme critica o declínio dos cinemas nas cidades do interior, com a chegada da televisão (também abordado por Cacá Diegues, em "Bye bye, Brasil", de 1979).  Ironiza também a excessiva burocracia que dificulta ao pequeno investidor a abertura de um negócio no país.  E, nas legendas finais, a denúncia: dos 184 municípios do estado do Ceará, somente 5, incluindo a capital, possuem cinema.  E isso é grave.

É tremendamente injusta a rejeição que o filme vem sofrendo no sul e no sudeste do país, e até pelos principais festivais de cinema brasileiros.  No total, "Cine Holliúdy" chega ao circuito nacional com míseras 43 cópias (15 destas estão em São Paulo e outras 15 no Rio de Janeiro).  Um boicote estúpido, preconceituoso.

O filme é divertido, conta com um protagonista carismático (o ator Edmilson Filho, intérprete da personagem Francisgleydisson) e exalta, de fato, o amor ao cinema.  Tem força para melhorar os números da bilheteria por aqui. 

Há um detalhe que (quase) passa despercebido: a participação da atriz Fiorella Matheis.  Ela é a personificação da "Vênus Platinada" (leia-se Rede Globo de Televisão), porque foram as novelas da emissora, sobretudo, que subtraíram o público dos cinemas no interior do país.

Intervalo Cultural - RJ recomenda!!!

Viva o Ceará!!!

(de Francisco Filardi)

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