EDUKATORS
Texto: Hans Weingartner
Adaptação: Rafael Gomes
Direção: João Fonseca
Com Pablo Sanábio, Fabricio Belsoff,
Natália Lage e Edmilson Barros
A partir de 30 de agosto
Sextas e Sábados, às 21h,
e Domingos, às 19h, no Teatro Ipanema
foto: Paula Kossatz
"Edukators [...] é o sopro de vitalidade na cena
teatral carioca. Trata-se de um espetáculo vigoroso, apaixonado e que
interage bem com a linguagem cinematográfica sem deixar de ser
essencialmente teatral."
Mauro Ferreira - jornalista e jurado do prêmio APTR - 18/01/2013
Adaptado do clássico do cinema alemão de Hans Weingartner, Edukators fará uma nova temporada no Rio, agora no Teatro Ipanema, a partir de 30 de agosto.
O espetáculo sintetiza a indignação de uma geração órfã de revoluções.
Com adaptação para o teatro de Rafael Gomes e direção de João Fonseca, o elenco é formado por Edmilson Barros, Fabrício Belsoff, Natália Lage e Pablo Sanábio.
Rebeldes contemporâneos, Jan (Fabrício) e Peter (Pablo) se
autodenominam os “educadores”, donos de uma revolução simbólica e
pacifista: eles invadem mansões, trocam móveis e objetos de lugar e
disseminam mensagens de protesto. Tudo vai bem até um erro crucial
durante a invasão da mansão de um milionário, que leva a um sequestro.
Em Edukators, o conflito de gerações costura o retrato de uma juventude que não acredita em nada, mas nitidamente sente falta das utopias.
O espetáculo, que fez temporadas no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, entrará em turnê nacional no segundo semestre de 2013.
SOBRE O ESPETÁCULO
Adaptação leva aos palcos a história que marca
os anseios de uma geração por uma revolução e sua indignação diante da
imobilidade frente às injustiças
“Seus dias de fartura estão contados”. Ameaça terrorista? Manifesto?
Desejo de mudar o mundo? Utopia? A mensagem escrita em um bilhete e
espalhada pelos ‘Edukators’ propõe uma revolução. Eles não se conformam
com a desigualdade social, é preciso reverter a lógica capitalista,
transformar o pensamento de cada indivíduo. É tempo de mudança,
movimento. Os ‘Edukators’ nasceram no cinema, fruto da imaginação do
roteirista e diretor austríaco Hans Weingartner, mas podem estar na sala
ao lado. Realidade e ficção desatam os nós, rompem as fronteiras.
A criação de Hans Weingartner tornou-se um dos mais cultuados filmes
dos últimos anos, uma espécie de manifesto da nova geração, carente de
utopias e ideias, dividida entre a nostalgia de um espírito
revolucionário e a aceitação do “fracasso” de movimentos que pregavam a
justiça e igualdade social. O filme foi indicado à Palma de Ouro em
Cannes e narra a história de três jovens que vivem em Berlim e praticam
uma série de ações pacifistas. Eles acreditam que podem mudar o mundo,
se auto intitulam ‘Edukators’ e procuram espalhar sua indignação de
forma pacífica, invadindo mansões para divulgar suas mensagens de
protesto. Eles não roubam nada, apenas alteram os móveis de lugar,
desconfiguram o espaço. O objetivo é confundir, ameaçar simbolicamente. A
invasão é arrematada com um bilhete no qual se lê a frase-manifesto:
“Seus dias de fartura estão contados”.
Baseado no filme The Edukators, de Hans Weingartner, em parceria com Kahuuna Films
SOBRE OS PERSONAGENS
Pablo Sanábio e Fabrício Belsoff vivem os Edukators Peter e
Jan, respectivamente. Natália Lage é Jule, namorada de Peter, que acaba
descobrindo tudo e propõe a invasão da casa do milionário Hardenberg
(Edmilson Barros), a quem deve uma considerável quantia em dinheiro.
Algo dá errado e eles são obrigados a sequestrar Hardenberg. Da
convivência e embate entre esses quatro personagens brotam as mais belas
reflexões do texto. “Cada coração é uma célula revolucionária”. A
relação entre os três amigos também se altera, ainda mais quando vem à
tona a atração entre Jule e Jan. Nervos e desejos expostos. "O corpo é
capaz de produzir drogas poderosíssimas e viciantes, como a paixão".
SOBRE A PRODUÇÃO
Hans Weingartner ainda não tinha cedido autorização para qualquer
montagem de seu texto fora da Alemanha, mas se empolgou com o projeto da
adaptação teatral no Brasil e fez questão de vir ao país em janeiro
para acompanhar os preparativos finais e prestigiar a estreia carioca da
peça, além de preparar um vídeo exibido antes do espetáculo. “O vídeo
fala sobre o jovem e a revolução, faz um paralelo de movimentos
semelhantes aosEdukators pelo mundo”, explica Pablo Sanábio,
que comprou os direitos para a montagem e associou-se à Primeira Página
Produções de Maria Siman, que assina a direção de produção, para a
realização da montagem no Brasil. “O filme mexeu muito comigo pela
capacidade, ainda que utópica, de conseguir mudar o mundo com uma
revolução pacífica. Eu achava o ato deles extremamente teatral e por
isso fiz questão de encenar aqui”.
O diretor João Fonseca é outro admirador do filme e
logo se juntou ao projeto. “A história é surpreendente porque fala de
jovens que ainda acreditam em mudar o mundo, que querem fazer uma
revolução em pleno século XXI”. E a adaptação de Rafael Gomes mantém
esse espírito: “Ele fez um trabalho admirável, porque consegue a proeza
de ser absolutamente fiel ao filme, mas ser original ao mesmo tempo”,
enaltece João. O próprio Rafael
explica que procurou se equilibrar na tênue fronteira entre a liberdade e
o respeito ao original: “Tive que criar muita coisa, preencher lacunas
que o filme não abordava, ou abordava tangencialmente. Isso para a
história manter-se rica, complexa e interessante no teatro. Mas tudo o
que eu acrescentei, sob meu ponto de vista, está lá para corroborar a
obra original”.
Rafael Gomes revela ainda que fazer essa adaptação
foi uma tarefa árdua. “Foi como escrever uma peça inédita, mas ao mesmo
tempo ter que contemplar diversos elementos já postos de antemão. Havia
um filme de sucesso que eu não podia desonrar”, explica. “Além disso,
não se trata de um filme ‘de texto’, é ‘de ação’ em termos de
dramaturgia. A ação cinematográfica teve que ser contada em cena. E,
ainda sim, manter tesas as cordas de tensão, com o público vendo tudo,
sem a lógica de cortes e elipses do cinema”, complementa. "Estruturei as
informações sobre o passado dos personagens em monólogos. A lógica
temporal no cativeiro foi refeita. E o triângulo amoroso ganhou um peso
maior. Eu transformei totalmente o filme para parecer que não mudei nada
com o objetivo de fazê-lo virar uma peça", explica Rafael.
O espetáculo proporciona ainda uma grande experiência de
interatividade, seja através de recursos multimídias ou de uma inusitada
configuração da cena, que coloca o público em novo ângulo, podendo até
mesmo tornar-se parte da encenação. No prólogo o público “invade” a
mansão juntamente com os ‘Edukators’, quando só então assistem à continuação da história. Para João Fonseca,
as novidades da encenação não alteram o foco principal: “é importante
propor o novo, mas o foco tem sempre que estar nos atores e no texto,
essa é a base do meu trabalho”.
Na versão brasileira, não há necessariamente uma delimitação espacial
para a história: “A história não cria raízes, ela poderia se passar em
qualquer grande centro urbano do mundo. Talvez na medida em que não
trazemos para o Brasil, automaticamente fiquemos em Berlim, que é onde o
filme está. Mas trazer para o Brasil é desnecessário e poderia soar
forçado”, explica Rafael Gomes, que arremata: “Essa
ideia do mundo como um lugar sem fronteiras, multiconectado, isso também
é algo pertinente ao texto. Então, melhor que estejamos ‘no mundo’,
mesmo! Porque, sim, o conflito humano (e político), tal qual focado na
peça, faz com que o espaço seja um mero detalhe”.
A equipe da montagem brasileira de ‘Edukators’ tem direção de produção de Maria Siman, cenários de Nello Marrese, figurinos de Bruno Perlatto, vídeos de Paola Barreto, iluminação de Luiz Paulo Nenen, trilha sonora de Rodrigo Penna e preparação corporal de Rafaela Amado.
Mais do que simplesmente um filme ou uma peça, ‘Edukators’
é um retrato de uma geração, sob sua própria ótica, uma investigação
sobre o que é ser jovem no início do século XXI. A revolução começa
dentro de cada um, no dia a dia, na relação com o outro. “Algumas pessoas nunca mudam”.
Outra afirmação presente no espetáculo que traz muito de esperança e
desesperança. Realidade ou utopia? Acomodação ou revolução? Há escolha? A
bomba cai diretamente no colo do público. Que cada indivíduo pense e
fale por si!
foto: Paula Kossatz
FICHA TÉCNICA
Dramaturgia Original: Rafael Gomes
Direção: João Fonseca
Direção de Produção: Maria Siman
Elenco: Edmilson Barros, Fabrício Belsoff, Natália Lage e Pablo Sanábio
Diretor Assistente: Diogo Liberano
Cenário: Nello Marrese
Iluminação: Luiz Paulo Nenen
Figurinos: Bruno Perlatto
Trilha Sonora: Rodrigo Penna
Direção de Movimento: Rafaela Amado
Produção Executiva: Luciano Marcelo e Gabriela Mendonça
Idealização do Projeto: Pablo Sanábio
Produtores Associados: Pablo Sanábio e Maria Siman
Produção: Primeira Página Produções Culturais e O Menino e as Ideias Entretenimento.
SERVIÇO
Temporada: 30 de Agosto a 28 de Setembro (sábado)
Local: Teatro Ipanema – Rua Visconde de Pirajá, 824
Informações: 2267-3750
Horário: Sextas e sábados, às 21h, e domingos, às 19h
Duração: 90 minutos
Classificação: 14 anos
Capacidade: 222 lugares
Ingressos: R$ 50,00
Bilheteria: terça a sexta de 14h às 22h ou pelo site Compre Ingressos
Site: No Lugar
Acesso para cadeirantes: Sim
Estacionamento: Não
Para saber mais sobre Edukators, ver fotos, vídeos, clipping e
o documentário sobre s intervenções urbanas realizada no Rio de
Janeiro para o lançamento do espetáculo acesse: Primeira Página Produções e a fanpage no Facebook: Edukators
fonte: assessoria de imprensa
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