Foto: Tatiana Farache, Yndara Barbosa e Olívia Colombino
Neste momento o
teatro carioca parece ter descoberto a força e a importância da
tragédia grega. Com esta recente montagem de “Antígona” pelas
mãos ousadas do diretor Philbert, com jovens talentosos atores da
CAL, o público carioca terá a oportunidade de ver uma das mais
importantes peças da dramaturgia ocidental.
Isaac Bernat
A montagem
de “Antígona” pela
CAL, sob a direção de Fernando Philbert, é tão rica, impactante,
expressiva e contundente que merece ganhar um palco e maior
visibilidade, onde o público possa ser crescente e o espetáculo
possa ser partilhado por mais e mais pessoas. Aurora
Miranda Leão
A
partir do dia 1º de junho,
o grupo Fora do Eixo
apresenta Antígona
no Centro Cultural Municipal
Parque das Ruínas. A
montagem, com direção de Fernando Philbert,
traz inovações: a história é contada através de um espelho. O
que acontece de um lado do palco, acontece do outro e, portanto, a
maioria dos personagens é interpretada por dois atores, como é o
caso de Antígona e Creonte. No caso de Creonte, o personagem é
vivido por um ator e uma atriz. Além do formato intrigante, a
adaptação insere elementos contemporâneos na tragédia grega, como
o figurino de Elisa Caldeira
e o uso de iPads, iPods e outros objetos tecnológicos em momentos
específicos.
A montagem foi inicialmente concebida como um
exercício de uma das turmas do curso profissionalizante da CAL –
Casa das Artes de Laranjeiras -, porém com a repercussão positiva
do trabalho junto ao público, o grupo decidiu fazer uma temporada
fora do ambiente escolar incentivado por professores e pelo diretor.
A tragédia da filha de Édipo, Antígona, é contada pelos atores do
Grupo Fora de Eixo: Ana Queiroz, Elisa
Caldeira, Evandro Mattei, Flavia Bittencourt, Gabriel Lincoln, Ian
Braga, Mariana Lordêlo, Naara Barros, Natalia Gumprich, Ph Silva,
Rodrigo Cerqueira, Olivia Colombino e
Yndara Barbosa.
SOBRE O GRUPO FORA DO EIXO
O Grupo Fora do Eixo é formado por alunos
do curso profissionalizante da CAL (Casa das
Artes de Laranjeiras). O nome vem de um
exercício feito durante as aulas do professor e ator Lourival
Prudêncio, no qual se busca o desequilíbrio
e o desconforto físico para solucionar questões de personagens
estudadas. O grupo é conhecido por ser extremamente animado e
participativo, para não dizer um tanto bagunceiro, porém, sempre
apresenta bons resultados, logo, se identificou com o nome Fora
do Eixo, assumindo como parte da criação um
momento de desequilíbrio.
O Fora do Eixo também busca explorar as
habilidades individuais de seus integrantes. Atores que fazem parte
do elenco também colaboraram com outros aspectos da montagem,
participando no figurino, assistência de direção, produção,
cenografia e programação visual. Além disso, o grupo conta com a
experiência de bailarinos, advogados, publicitários, artistas
visuais e produtores em formação, todos em prol do sucesso do grupo
que continuará apresentando outras peças depois de “Antígona”.
Foto: Tatiana Farache, Yndara Barbosa e Olívia Colombino
SOBRE “ANTÍGONA”
Antígona relata a trajetória da filha de Édipo
após a morte de seu pai e irmãos, que se matam disputando o trono
da cidade de Tebas. Um dos irmão, Etéocles é considerado herói e
enterrado com todas as honras e rituais da cultura da época. Já
Poliníces, é considerado traidor e, como pena, é proibido o seu
sepultamento com a ameaça de morte a quem desacatasse as ordens do
novo rei, Creonte, tio de Antígona. Apesar disso, a protagonista
enterra Poliníces, despertando a ira do tio.
O tema principal da peça é o embate entre o
direito natural, defendido pela heroína, e o direito positivo
representado pela figura de Creonte. No decorrer do texto também são
abordados temas como o amor, o orgulho, a vaidade, e o confronto
natural entre gerações no questionamento da hierarquia e da
eventual prepotência dos pais. O eixo central da peça é a coragem
e o arrojo de Antígona ao sepultar Poliníces. Apesar da proibição
de Creonte, ela enfrenta a organização política e social vigente,
fazendo valer sua consciência individual e os valores considerados
por ela divinos e intocáveis.
Este texto de Sófocles é o seu primeiro grito
de protesto contra a onipotência dos governantes e a prepotência
dos adultos e é o único em que o tema central de um drama grego
questiona a conduta nas dimensões política e moral, podendo ser
discutidos com os mesmos fundamentos e interesses, em qualquer época
e lugar.
SERVIÇO
Temporada:
De 1º a 29 de junho (sábados)
Local:
Centro Cultural Municipal Parque das Ruínas
(rua Murtinho Nobre, 169, Santa Teresa)
Informações:
(21) 2252-1039
Horário:
sábados, às 16h.
Ingresso:
Gratuito
Duração:
60 minutos
Classificação
Etária: Livre
Capacidade:
35 lugares
Gênero:
Tragédia Grega
FICHA TÉCNICA
Texto : Sófocles
Tradução: Mário da Gama
Kury
Direção: Fernando Philbert
Assistente de direção: Yndara Barbosa
Direção: Fernando Philbert
Assistente de direção: Yndara Barbosa
Elenco: Ana Queiroz, Elisa
Caldeira, Evandro Mattei, Flavia Bittencourt, Gabriel Lincoln, Ian
Braga, Mariana Lordêlo, Naara Barros, Natalia Gumprich, Ph Silva,
Rodrigo Cerqueira, Olivia Colombino e Yndara Barbosa
Direção musical: Maíra Garrido
Direção musical: Maíra Garrido
Músico: Carlos Eduardo
Libonati
Cenografia: Fernando Philbert e Yndara Barbosa
Iluminação cênica: Vilmar Olos
Cenografia: Fernando Philbert e Yndara Barbosa
Iluminação cênica: Vilmar Olos
Figurinos: Elisa
CaldeiraProgramação visual: Elisa
Caldeira
Equipe de produção: Flavia Bittencourt, Ian Braga, Mariana Lordêlo e Yndara Barbosa
Equipe de produção: Flavia Bittencourt, Ian Braga, Mariana Lordêlo e Yndara Barbosa
Assessoria de imprensa: Clarissa
Braga
Apoio: Casa das Artes de
Laranjeiras (CAL)
fonte: assessoria de imprensa
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