sábado, 23 de fevereiro de 2013

DEPOIS DE PASSAR POR SÃO PAULO, ESPETÁCULO SOBRE KURT COBAIN CHEGA AO ESPAÇO SESC, EM COPACABANA

Com dramaturgia de Sérgio Roveri e direção de José Roberto Jardim, Aberdeen – Um possível Kurt Cobain revela a fragilidade do líder do Nirvana

 foto: divulgação
 
Após temporada de sucesso em São Paulo, a peça Aberdeen – Um possível Kurt Cobain chega ao Rio de Janeiro para curta temporada, a 3 de março, no Espaço Sesc, em Copacabana. O espetáculo se passa ao longo dos três dias em que o músico foi dado como desaparecido – até seu corpo ser encontrado na estufa da mansão de Seattle, nos Estados Unidos, onde vivia. Em uma conversa com Boddah, um amigo imaginário que tinha na infância, o líder da banda Nirvana discorre sobre temas como a música, a família, o abuso de drogas e a solidão, evitando os relatos de sucesso e os bastidores da fama.
 
À frente do Nirvana, uma das bandas de maior sucesso do início dos anos 90, o guitarrista e vocalista Kurt Cobain (1967-1994) alcançou projeção planetária por meio de uma combinação infalível de talento, carisma, rebeldia e propensão ao exagero. Da camisa xadrez de flanela ao cabelo comprido e desgrenhado, da voz rouca e pouco trabalhada aos imprevisíveis ataques de melancolia, dos versos poderosos à postura camicase, não houve nada nele que não tivesse reverberado em milhões de jovens ao redor do mundo. O som que saía de sua guitarra e de sua garganta mudou os rumos da música com apenas um disco: o ainda insuperável Nevermind.
 
Longe dos holofotes, no entanto, o jovem nascido numa cidade de lenhadores na costa oeste dos Estados Unidos era frágil, solitário e autodestrutivo, um rapaz que, apesar do sucesso, parecia não encontrar seu caminho. É deste lado humano e inquietante de Kurt Cobain que se ocupa o espetáculo, escrito pelo jornalista e dramaturgo Sérgio Roveri.
 
O monólogo, que tem direção do ator José Roberto Jardim, é interpretado pelo ator Nicolas Trevijano (da série “Nove milímetros” e das peças “A tempestade”, “O casamento suspeitoso” e “A coleira de Bóris”), idealizador do projeto. “Depois de participar de várias peças com elenco numeroso, senti que havia chegado a hora de fazer o meu primeiro monólogo”, diz Trevijano. “E a figura de Kurt Cobain sempre me atraiu. Embora ele tenha morrido aos 27 anos, sempre acreditei que as angústias, dúvidas e inquietações que ele tinha acompanham cada um de nós, qualquer que seja a nossa idade”.
 
Aberdeen – Um possível Kurt Cobain não é um musical e muito menos um espetáculo biográfico. O dramaturgo Sérgio Roveri não se preocupou em passar a limpo a vida do músico, em relato cronológico. “Nossa intenção nunca foi a de simplesmente contar a vida dele”, diz Roveri. “Procuramos, por meio da liberdade que a ficção oferece, viajar pela mente do músico. Imaginamos o que ele poderia ter dito diante de determinadas situações e, a partir disso, criamos um Kurt Cobain ao mesmo tempo particular e múltiplo”.
 
O espetáculo marca a estreia na direção do ator José Roberto Jardim, integrante da companhia Os Fofos Encenam. “A exemplo do que ocorreu no texto, eu procurei evitar qualquer referência à imagem glamourosa de Kurt Cobain”, diz Jardim. “Em cena, o ator se movimenta ao lado do público, em um relato próximo e confessional, às vezes quase num sussurro. Eu acho que o espetáculo promove uma viagem não ao sucesso de Kurt Cobain, mas ao interior da sua mente”.
 
Serviço
 
Espaço Sesc (Sala Multiuso)
Rua Domingos Ferreira, 160 - Copacabana. Tel.: (21)2547-0156

Temporada: de 21/2 a 3/3/2013
Quinta a sábado, 20h. Domingo, 18h.
Funcionamento da bilheteria: terça a domingo, 15h às 21h.
Vendas antecipadas no local.
Ingressos: R$ 20 (inteira), R$ 10 (jovens até 21 anos, maiores de 60 anos, estudantes e classe artística), R$ 5 (associados Sesc Rio)
Classificação: 14 anos

fonte: SESC Rio

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