quarta-feira, 10 de outubro de 2012

"MÁQUINA DE PINBALL", DE CLARAH AVERBUCK, ESTREIA NO RIO DE JANEIRO

Agraciado pelo prêmio 
Procultura de Estímulo ao Circo, Dança e Teatro, 
o espetáculo ficará em cartaz em curta temporada 
no Pavilhão Teatro de Anônimo, 
na Fundição Progresso


Retrato de uma geração que presenciou as mudanças comportamentais e os conflitos dos desejos particulares e coletivos desde a década de 80, o espetáculo Máquina de Pinball questiona a fragmentação e a fluidez das relações humanas e a velocidade do influxo de informações na era das novas plataformas de mídias digitais. Ganhador do prêmio Funarte Miriam Muniz de Teatro 2007 e do Prêmio Procultura 2010, a montagem - que ficará em cartaz no Pavilhão Teatro de Anônimo, na Fundição Progresso (Rua dos Arcos, 24 – Lapa) nos dias 20 e 21 de outubro - é uma livre adaptação do texto da escritora gaúcha Clarah Averbuck.

Com direção de Gil Esper, a linguagem fragmentada evoca símbolos e imagens do cotidiano dos jovens, como litros de álcool, cigarros, beijos, vexames, músicas, paixões-relâmpagos e o universo dos meios de diálogo pós-contemporâneo. A história de Camila, uma jovem de vinte e poucos anos, escritora, viciada em anfetaminas e em baladas, aproxima a dramaturgia de conceitos existenciais e universais inerentes a todas as épocas. A partir de citações e referências aos textos de Álvaro de Campos, John Fante e Bukowski, os atores Priscilla D`Agostini, Rodrigo Fidelis e Isaque Ribeiro ao construírem um jogo cênico sobre solidão, amor, relacionamentos e vícios, recriam uma perspectiva atual, conjugando assim, a liquidez da era do videoclipe e da internet com os anseios das gerações anteriores. 

As características dos textos de Clarah Averbuck mantêm-se no espetáculo. O humor, a ironia e o desprendimento para falar de temas complexos com a solidão, o vício e as dificuldades de sobrevivência reafirmam a ideia-título da peça. Se hoje se trata de uma raridade, a máquina de pinball, famosa nos anos 70 e 80, metaforiza a vida com um implicante jogo de perdas e ganhos, não apenas doloroso, mas também como embate lúdico.  É um humor típico de quem cresceu nos anos oitenta vendo muita televisão, lendo histórias em quadrinhos, escutando rock e suas derivações e percebendo que o mundo sério dá errado, na maioria das vezes... Mas em nosso caso nos apoiamos em Caetano e pensamos: “ou não.”, analisa o diretor Gil Esper. Assim como nos textos de Averbuck, suspende-se o juízo de valor. O espectador é convidado a deixar uma postura passiva e permissiva e construir diversos sentidos de acordo com a sua vivência.

Quando começamos o processo de criação, elegemos alguns temas marcantes no texto: dívidas, sexo, drogas e Brasil que, dentro do universo em que o espetáculo se insere, necessitavam de um mínimo de reflexão. São temas que estão entrelaçados. Não estão isolados ou se fecham neles mesmos, mas optamos por, num primeiro momento, trabalhar cada um em separado, criando imagens, buscando referências e reflexões para que posteriormente, eles se envolvessem novamente na trama da cena. Enfim, são quatro eixos que remontam a uma realidade específica. Recortes de pensamentos e relatos do viver no caos contemporâneo, tendo como porta-vozes uma atriz e dois atores, refletem Esper e Marina Viana, responsável pela adaptação do texto. 

Além de possibilidade de dramaturgia, Máquina de Pinball verbaliza as propostas de pesquisa de O Coletivo. Estéticas distintas de criação, com atores e equipe com formações e linhas diferentes, fortalecem uma linguagem híbrida. A referência imagética passa pelas mídias contemporâneas como a Internet, a TV, o blog, animações, permeadas pelo movimento, pela imagem e pelo som, em equilíbrio.

O espetáculo participou do Festival Nacional de Teatro de Juiz de Fora e foi agraciado com os prêmios de Melhor Cenário, Melhor Figurino e Espetáculo Destaque do Festival, além de ter sido selecionado para o FIT BH 2010.
 
 
FICHA TÉCNICA:

Autoria do texto original: Clarah Averbuck
Direção: Gil Esper
Elenco: Priscilla D´Agostini, Isaque Ribeiro e Rodrigo Fidelis
Adaptação: Marina Viana
Assistentes de direção: Marina Viana e Flávia Fernandes
Vídeos: Alexandre Braga
Trilha sonora: Gustavo Scarpa
Figurinos: Paolo Mandatti
Cenário: Gil Esper
Iluminação: Marina Arthuzzi e João Dadico
Direção de produção: Priscilla D'Agostini
dagostini.priscilla@gmail.com  - Aff! Comunicação e Cultura 
Produção: Vinicius Santos - Aff! Comunicação e Cultura 
Realização: O Coletivo

Temporada Espetáculo Máquina de Pinball

Quando: 20 e 21 de outubro (sábado e domingo, às 20h)
Onde: Pavilhão Teatro de Anônimo/Fundição Progresso - Rua dos Arcos, 24 - Lapa. (21)2240-2478
Gênero: Pós-dramático
Classificação: 16 anos
Capacidade: 100 lugares

A bilheteria abre uma hora antes dos espetáculos.
Acessibilidade para portadores de necessidades especiais
Ingresso: R$ 20 (inteira) R$ 10 (meia)
Pagamento: dinheiro 
 
fonte: assessoria de imprensa

3 comentários:

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